Monitoramento de fibras ópticas e detecção óptica fortalecem a infraestrutura crítica com as diretivas NIS2, CER e KRITIS da UE

À medida que a União Europeia (UE) acelera a digitalização de suas economias, a importância de uma infraestrutura robusta de fibra óptica está cada vez mais evidente. Reconhecendo essa relevância, a UE introduziu diretivas destinadas a melhorar a resiliência, a segurança física e a segurança cibernética da infraestrutura crítica.
O primeiro passo é entender a estrutura jurídica. A UE e seus estados-membros têm o compromisso de garantir a operação ininterrupta de infraestrutura crítica, incluindo redes de fibra óptica. Em dezembro de 2022, o Conselho da União Europeia emitiu diretrizes com implicações legislativas para os estados-membros, com foco no aumento da resiliência (Diretiva RCE) e na melhoria da segurança cibernética (Diretiva NIS2). Tais diretivas exigem medidas para prevenir, detectar e mitigar ataques direcionados ou incidentes que afetem a infraestrutura crítica. Até outubro de 2024, os estados-membros da UE devem incorporar essas diretivas às leis nacionais. Na Alemanha, por exemplo, os requisitos da Diretiva RCE estão refletidos na lei geral KRITIS.
Os operadores de infraestrutura crítica, como redes de fibra óptica, devem se adaptar a novas medidas e implementar processos abrangentes de gestão de risco. Isso envolve a realização de análises de risco completas, planejamento e execução de medidas de redução de risco e verificação regular de sua eficácia. Se as medidas proporcionais não forem suficientes, passos adicionais devem ser tomados para minimizar possíveis danos à economia e à sociedade.
Uma dessas áreas é o monitoramento da integridade da fibra e o controle de acesso. Os sistemas de monitoramento de rede (como o sistema ONMSi da VIAVI) monitoram links de fibra óptica passivos e ativos, detectando e localizando quebras de fibra, além de avaliarem a integridade e a degradação da fibra ao longo do tempo. A capacidade de detectar e localizar quebras de fibra e outros incidentes que afetam negativamente a infraestrutura garante a operação contínua de redes críticas. Além disso, sensores passivos e sem manutenção podem ser adicionados para monitorar o acesso a bueiros, eixos de manutenção e caixas de distribuição, a fim de fornecer alertas de acesso não planejado ou não autorizado. Esses sensores são componentes essenciais para a redução de riscos de acordo com as diretivas RCE, NIS2 e KRITIS. Soluções gerais de monitoramento de fibras ópticas podem oferecer aos operadores uma abordagem abrangente para melhorar a integridade e a segurança da fibra.
Outra área de interesse é a detecção de ameaças físicas para infraestrutura crítica. Neste cenário, proprietários e operadores de infraestrutura crítica devem ter acesso a detecção, notificação e localização de ameaças em tempo real, interferência de terceiros, invasões de perímetro e anomalias ao longo da referida infraestrutura. É nesse cenário que tecnologias de detecção de fibra óptica, como a detecção acústica distribuída (DAS), podem ser implantadas. Os sistemas de DAS podem diferenciar entre vários tipos de distúrbios, como escavação mecânica ou manual próxima a cabos. Eles também podem ser usados para configurar cercas virtuais e compartilhar alertas de proximidade para pessoas caminhando ou veículos que se aproximam da infraestrutura. A tecnologia DAS é capaz de fornecer a inteligência crítica necessária para identificar e localizar ameaças rapidamente, além de evitar danos acidentais ou interferência deliberada de terceiros, garantindo assim a conformidade regulatória e a segurança operacional.
No entanto, a resiliência e segurança de rede não dizem respeito apenas à infraestrutura física – também é preciso pensar no lado dos dados e da segurança cibernética. É fundamental garantir a precisão do tempo e da sincronização de relógios e dados na comunicação. As soluções de sincronização e temporização podem proteger redes críticas contra espionagem e manipulação. Por exemplo, a análise de tempo de alta precisão e a tecnologia de sincronização podem evitar que aplicativos baseados em GPS sejam hackeados e falsificados, minimizando riscos de falha e garantindo a confiabilidade de sistemas de comunicação críticos. Essa proteção é essencial para manter a integridade das redes de comunicação modernas, incluindo o 5G.
As diretivas NIS2 e RCE da UE foram emitidas a fim de aprimorar a resiliência e a segurança cibernética da infraestrutura crítica. Agora, implementar as medidas necessárias é responsabilidade dos estados-membros da UE e das instituições designadas “importantes” e “essenciais”. A VIAVI Solutions, em colaboração com parceiros de integração, oferece soluções técnicas essenciais para ajudar os operadores a cumprir esses requisitos legais. Ao adotarem essas soluções, os operadores podem proteger sua infraestrutura contra obsolescência, garantindo a segurança e a estabilidade de suas operações.
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Atualmente, Douglas Clague é gerente de marketing para soluções de campo de fibra óptica na VIAVI. Doug conta com mais de 20 anos de experiência em teste e medição com foco principal em tecnologias de fibra óptica e cabo, apoiando o mercado de telecomunicações. Antes da VIAVI, trabalhou como engenheiro de fabricação, engenheiro de soluções e gerente de desenvolvimento de negócios. Doug participou de vários painéis do mercado sobre tendências tecnológicas de fibra e cabo. Ele frequentou a Brunel University em Londres e tem formação em Engenharia Elétrica e Eletrônica.